Foi concluída na semana passada a investigação referente à contaminação da Cerveja Backer, acusada de ter sido responsável pela intoxicação e morte de sete pessoas e por deixado sequelas graves em outras 22.
Na conclusão da investigação, a causa principal foi a contaminação pelo dietilenoglicol, substância tóxica utilizada no sistema de refrigeração como anticongelante. O produto entrou em contato com a cerveja através de um orifício, provavelmente por uma falha na solda do tanque, causando o contato do dietilenoglicol com a bebida.
Além da causa principal, podemos apontar uma sucessão de erros causados ou por negligência, ou por falta de conhecimento de quem trabalha em indústria de alimentos, que poderiam ter sido evitados através da implementação de um sistema consolidado de Gestão de Segurança de Alimentos.
Entre as falhas apontadas podemos citar:
1) Ausência de procedimento para recebimento de material: recebimento do produto fora da especificação (no caso recebeu monoetilenoglicol no lugar do dietilenoglicol);
2) Ausência de avaliação e qualificação de fornecedores;
3) Substâncias com probabilidade de entrar em contato com o produto devem ser de grau alimentício, o que não aconteceu com o dietilenoglicol;
4) Funcionários que manipulavam produtos químicos sem qualificação adequada;
5) Ausência de manutenção preventiva nos equipamentos;
6) Produto dietilenoglicol fraudado;
7) Ausência de procedimento de recall conforme legislação (cerca de 30.000 litros de cerveja).
Este caso alerta para a importância do atendimento das normas de boas práticas e da importância da implementação de programas de certificação como a FSSC 22000, a qual define requisitos de segurança de alimentos e monitoramentos para garantir uma produção segura.
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