Novamente, estamos aqui para falar de uma apreensão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e reforçar a importância da segurança de alimentos. E, nesse caso específico, do processo de Food Fraud. Nesta semana, o Mapa apreendeu de forma cautelar 173 mil litros de sucos, néctares e água de coco com indício de fraude em estabelecimentos produtores de bebidas em Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Paraíba. Qualquer empresa pode ser alvo dos auditores, inclusive a sua, mas é possível dormir muito tranquilo quanto a isso.
Segundo divulgou o Mapa, em Santa Catarina, a ação aconteceu após a coleta de sucos de laranja integral comercializados naquele Estado com presença de açúcar exógeno em quatro de sete marcas. Todas foram analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (LFDA-RS) para o parâmetro “Teor de Carbono do Ciclo C3”. É esse indicador que determina a quantidade de açúcar exógeno. No suco de laranja, o ingrediente não pode ser adicionado. Todos os açúcares devem ser provenientes exclusivamente da fruta.
“Tivemos dois casos graves, em que os resultados não conformes indicaram que 30% dos açúcares presentes no suco são de origem exógena, ou seja, houve a adição de água e açúcares para aumento do volume final do produto em cerca de 30%”, explica o Chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Juliano Simioni, na matéria divulgada no site do Mapa.
Nos demais Estados, a ação focou em fabricantes de água de coco, néctares e sucos comercializados tanto para redes varejistas quanto para outras indústrias de bebidas. A inspeção aconteceu após coletas que revelaram fraudes em seus produtos. Todos ficarão apreendidos até as análises dos novos lotes. Confirmada a fraude, os estabelecimentos serão autuados por adulteração de bebidas, conforme regulamento da Lei 8919/94. Além da inutilização dos produtos, há aplicação de uma multa que pode chegar a R$ 117.051,00 por lote fraudado.
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Dormir tranquilo não é custo, é investimento.
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