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Principais Alterações do Esquema FSSC 22000 versão: 5.1


Sem dúvida, 2020 foi um ano de muitas mudanças e desafios. A versão 5.1 da FSSC 22000 demostra que precisamos agir rapidamente diante de novos cenários. Esta norma vem crescendo significativamente aqui no Brasil, com muitas empresas buscando a certificação neste esquema. Alguns fatos que reforçam a busca por ela são:

  1. Esta norma é um dos protocolos reconhecidos pelo GFSI (Global Food Safety Initiative). E este fato contribui com a comercialização entre os países, o que, consequentemente, abre portas para a exportação;

  2. A FSSC 22000 tem seus requisitos específicos, porém, a maioria deles são baseados em Normas ISO (ISO 22000 e ISO/TS 22002-X), o que facilita a implementação e o alinhamento com a realidade da empresa;

  3. A norma está entre as mais exigidas em produção de marca própria, justamente pelo fato de as grandes líderes de mercado na área de alimentos fazerem parte dos grandes pensadores do GFSI.

A Poletto é especialista nesta norma e para que você não fique de fora das novidades, nós preparamos um resumo das principais alterações da versão 5.1. Confira:


A seguir, você pode verificar de forma macro as principais alterações e a inclusão de cinco novos requisitos.



Abaixo, confira as principais alterações:

  • Gestão de serviços e materiais adquiridos: este requisito está muito alinhado com os ensinamentos que a pandemia trouxe para todas as empresas, pois recomenda que a organização deve ter um procedimento documentado para aquisição em situações de emergencia, com objetivo de garantir que os produtos ainda estejam em conformidade com requisitos especificados e o fornecedor foi avaliado. Outro ponto que merece nossa atenção informa que a organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de revisão das especificações do produto, para garantir a conformidade contínua com a segurança de alimentos, considerando requisitos legais e do cliente. Nos últimos anos, as legislações de alimentos têm passado por grandes mudanças, e podemos destacar a revisão da legislação pertinente a perigos biológicos, que entra em vigor em cerca de um mês.

  • Rotulagem de Produtos: no caso de venda B2B, em que muitas vezes o produto não está rotulado, todas as informações relevantes devem ser disponibilizadas, para garantir o uso seguro do alimento pelo cliente ou consumidor.

  • Controle de perigos e medidas para evitar contaminação cruzada (categorias C & I): para a categoria I, a organização deve ter requisitos especificados no caso de a embalagem ser usada para transmitir ou fornecer um efeito funcional sobre os alimentos. Por exemplo: extensão do prazo de validade. Para a categoria CI, a organização deve ter requisitos especificados para um processo de inspeção em evisceração para garantir que os animais são adequados para consumo humano.

  • Verificação de pré-requisitos: a organização deve estabelecer, implementar e manter a rotina. Por exemplo, inspeções mensais do local/verificações de PPR para verificar se o local (ambiente de produção interno e externo) e os equipamentos de processamento são mantidos em condições adequadas para garantir a segurança de alimentos. A frequência e o conteúdo das inspeções locais/PPR das verificações devem ser baseadas no risco com critérios de amostragem definidos e vinculados às especificações técnicas relevantes.

  • Desenvolvimento de produtos: procedimento de projeto de desenvolvimento de produtos deve ser estabelecido, implementado e mantido para novos produtos e alteração no produto ou nos processos de fabricação, para garantir a produção de produtos seguros e legais. Esse requisito é super importante, pois desde a concepção do produto, deve se pensar nos riscos que este novo processo pode gerar no processo produtivo e quais os impactos da inclusão dos demais itens do mix.

  • Requisitos para organizações com certificação multi-site: a gestão do corporativo deve garantir que recursos suficientes estejam disponíveis e que funções, responsabilidades e requisitos sejam claramente definidos para a gestão, auditores internos, pessoal técnico que analisa as auditorias internas e outro pessoal-chave envolvido no SGSA.

Estes foram os requisitos aplicáveis as empresas que atuam na cadeia de alimentos. Entretanto, houve alterações em praticamente todos os documentos do esquema. Para acessar todos os documentos do esquema, basta clicar aqui.

A grande novidade é que nos documentos de orientação, agora tem o Guia de Cultura de Segurança de Alimentos.

O GFSI TWG define cultura de segurança alimentar como "valores, crenças e normas compartilhados que afetam a mentalidade e o comportamento em relação à segurança alimentar em toda parte de uma organização."

O guia será um elemento de auditoria, e no compromisso da alta direção em estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o Sistema de Gestão de Segurança Alimentar, serão introduzidos, no mínimo, os elementos:

  • Comunicação;

  • Treinamento;

  • Feedback de funcionários e

  • Medição de desempenho em atividades relacionadas à segurança de alimentos.

No guia, há algumas orientações de como os auditores farão a sua avaliação em relação aos requisitos da ISO 22000 e dos requisitos adicionais da FSSC 22000 atrelados à cultura de segurança de alimentos. Para acessar é só clicar aqui.

No último encontro do GFSI, em 2019, já foi falado sobre a importância da Cultura de Segurança de Alimentos. Nesta ocasião já sabíamos que em breve este tema se tornaria um elemento da gestão. Eis que este momento chegou com a nova versão 5.1 do esquema FSSC 22000.

O ponto de partida é realizar um diagnóstico de como está a Cultura de Segurança de Alimentos de sua empresa para, a partir deste resultado, consolidar as ações atreladas aos elementos citados anteriormente.

Para o diagnóstico, é fundamental conhecimento técnico e conhecimento comportamental, tendo em vista que a cultura de segurança de alimentos se verifica através dos comportamentos dos funcionários. Por este motivo, nossa Diretora, Melissa Poletto, se especializou em inteligência emocional e neurociência.

Através deste conhecimento, da experiência técnica e de uma equipe multidisciplinar, a POLETTO desenvolveu um método de avaliação da Cultura de Segurança de Alimentos. Se quiser receber um orçamento basta clicar aqui.

Mas reforçamos, a alteração não é somente esta, existem outras nos requisitos exigidos. A adequação completa deverá ocorrer até 01 de abril de 2021. Portanto, já faça seu planejamento e inicie 2021 com este projeto já aprovado. Estamos aqui para auxiliar.

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