A notícia divulgada pela CNN de um surto de salmonela que adoeceu mais de 600 pessoas em 37 Estados americanos provoca reflexão. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o surto pode estar relacionado a cebolas importadas. “A maioria das indústrias de alimentos estudam os perigos somente pela legislação aplicável, isso é pouco”, afirma a engenheira de alimentos e diretora da POLETTO, Melissa Poletto.
Segundo ela, a lei brasileira pode não exigir determinado microorganismo patogênico para um alimento, mas isso não é suficiente para evitar a contaminação. “Além das legislações, há inúmeras outras informações no mundo que são relevantes, como surtos alimentares, artigos técnicos e referências como o FDA (Food and Drug Administration)”.
Nesse caso específico, 652 pessoas foram infectadas e 129 chegaram a ser hospitalizadas. Não houve mortes. “Dados epidemiológicos e de rastreamento mostram que uma fonte de infecção nesse surto são cebolas roxas, brancas e amarelas importadas de Chihuahua, no México, e distribuídas nos Estados Unidos pela ProSource Inc”, afirma o comunicado divulgado pelo CDC.
Para Melissa, esse é um exemplo claro de que os cuidados e os estudos devem ir muito além da legislação.
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