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Impacto da diversidade geracional no dinamismo corporativo

Para que as organizações se adaptem à diversidade geracional de maneira adequada é necessário contar com o auxílio de especialistas no assunto. A sócia-proprietária da Poletto Soluções em Gestão: gestão de negócios e de pessoas, Melissa Poletto, acredita que o dinamismo de gerações, na prática, dentro das empresas, seria a união de forças comportamentais de gerações que trazem consigo necessidades e expectativas diferentes, porém na essência, similares. “E, é justamente no ponto de convergência que o dinamismo acontece e pode gerar resultados incríveis”, destaca.

Ela afirma que o tema se tornou importante porque a expectativa de vida aumentou e, com isso, profissionais experientes e capacitados, principalmente da geração X (1965 a 1980) estão disponíveis no mercado de trabalho. “A experiência, ou por que não falar em maturidade, acabam por proporcionar um ambiente equilibrado em gerações como a Y (1981 a 1996), geração Z (1997 a 2010) e a Alpha (nascidos a partir de 2010) que são o futuro ‘incerto’, e não duvidoso, devido à influência da tecnologia e inteligência artificial. Falo sobre equilíbrio, pois tanto a Geração Y quanto a Z já começaram a ser estimuladas pela era da informação e acabam por desenvolver o dito ‘senso de urgência’”, pontua.

Para que isso cause impacto positivo na empresa, Melissa enfatiza que é necessário, primeiramente, compreender que a diversidade, inclusive de gerações, agregue quando o ambiente é propício. “Chamo de ambiente propício aquele em que as pessoas são valorizadas, bem como a fala delas. E, através disso, promover o pertencimento de todos de igual forma, independentemente do nível hierárquico. O ser humano quer se sentir pertencente e útil”, sublinha.

A empresária destaca também que o senso de utilidade é importantíssimo. E nesse contexto, é necessário que os empregadores tenham clareza e transparência no propósito do “para que” da existência do negócio em questão. “Existe uma premissa nessa questão que precisa de atenção. Um negócio deve estar atento a responder e agir diante das perguntas: para que e por quem, faz o que ele faz. E, os motivos devem ir além dos interesses pessoais e monetários, porque é exatamente isto que conecta e traz o senso de pertencimento e utilidade dentro de uma organização e no sentido interno desse líder também”, salienta.

Na Poletto, a empreendedora trabalha com produto que fomente esse assunto dentro dos negócios. “Com a nossa expertise em viver diferentes modelos de negócios e gestões distintas, desenvolvemos uma ferramenta de diagnóstico de cultura, onde conseguimos abordar os pilares da comunicação, capacitação, feedback, engajamento e desempenho. Através disso, conseguimos direcionar os próximos passos com o cliente diante das necessidades de melhorias identificadas, assim fazemos uma imersão da liderança através de um workshop exclusivo”, explica.

A partir dessa imersão, é feito o convite ao processo de mentoria em grupo ou individual, onde é realizada a jornada de transformação de cada um. “No seu tempo e disponibilidade, porque negócios são feitos de pessoas e elas transformam o mundo. A mentoria é o momento do autoconhecimento e reflexão sobre a jornada pessoal que está sendo entregue através do trabalho, sem dúvida, um processo que requer coragem e disponibilidade. Costumo falar que querer não é poder, a decisão de mudar é importante, mas se entregar ao processo e fazer o caminho é o que vai transformar você. E sinto informar ninguém pode fazer isso por você”, aconselha.


Muito além do dinamismo


Para acelerar negócios, também é necessário incluir outros temas importantes dentro das organizações. Conforme Melissa, o conhecimento que a trajetória da organização traz é a chave de retomada e direcionamento. “Independentemente do tempo daquela empresa, a história dela, de como foi constituída, dos fundadores, da entrada dos recursos para estabelecê-la e das motivações iniciais, atuam fortemente na “alma” do negócio”, considera.

Um problema que as organizações têm sofrido, como explica a empreendedora, é que muitas empresas se perderam do seu princípio e dos agentes motivadores. “Às vezes o negócio sofre por problemas financeiros, ou ainda por alta rotatividade, passivos jurídicos, riscos gerenciais entre outros. Se o desejo é perpetuar o negócio ao longo do tempo, citando empresas que tenham sucessão, quem lá está hoje precisa olhar para o legado e entrar nestas questões mais profundas. Por este motivo fui estudar as leis sistêmicas aplicadas às organizações, através dela consigo enxergar além e direcionar os clientes no caminho das revisões de rotas, mostrando luz onde é a chave da perpetuação, do legado”, finaliza.



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