Na primeira parte deste conteúdo, citamos os objetivos da Certificação de Cadeia de Custódia. Nesta segunda parte do texto, vamos apresentar quais são os principais pontos a serem considerados na implantação da norma FSC 40-004-v 3.0 – Certificação de Cadeia de Custódia. Para dar o pontapé inicial, alguns questionamentos são fundamentais:
- Quem são os meus fornecedores de materiais de origem florestal?
- Todos os materiais de base florestal são adquiridos pela minha organização?
- Todos os insumos de base florestal são processados e vendidos pela minha empresa?
- Todo o processo realizado para elaboração do item em questão no meu produto acabado está dentro do meu guarda-chuva processo produtivo ou tenho processos terceirizados? A partir daí, podemos avaliar o risco envolvido no processo da certificação FSC com relação a fornecimento, processamento, terceirização e vendas, entre outros. Ufa, deu para sentir a responsabilidade e a robustez da certificação, certo? Muito bem, agora vamos abordar as principais etapas de implantação da norma FSC 40-004-V 3.0:
Requisitos universais: Neste ponto, você precisa delimitar sua área de atuação descrevendo a origem das matérias-primas, ou seja, o que e onde comprar. Essa é a etapa mais crítica do sistema de implantação, pois você precisa garantir a procedência e ter capacidade de demostrar esses dados. Esta é a espinha dorsal do processo de certificação, sem ela, todos os esforços serão inúteis.
Controle de declarações: nesta fase, deve-se descrever os produtos conforme o item 7.0 da norma, relacionando as entradas com os tipos e produtos e categorias que a empresa fabrica. Nesta etapa, ainda, precisamos avaliar a categoria do produto final, que pode ocorrer de três maneiras:
sistema de transferência;
porcentagem;
sistema de crédito.
Vale destacar que o melhor cenário é o sistema de transferência, pois o risco é menor. Exemplo: Se entrar no processo FSC 100% + FSC Misto 70%, a saída será um produto FSC misto 70%.
Requisitos Complementares (opcionais): Sempre levar em conta o risco de inclusão no sistema de materiais não certificáveis. Base neutras que não têm base florestal não apresentam riscos. Terceirizações que fazem parte do escopo devem passar por uma avaliação de risco (Há risco de contaminação entre matérias certificadas ou não). Portanto, eu terceirizo a função, não a responsabilidade ligada à cadeia de custódia. Também vamos considerar o Fator de conversão, que é a relação entre a quantidade de material que entra e sai de um determinado processo de transformação utilizado pela organização.
Critérios de elegibilidade: para certificação de Cadeia de Custódia, este requisito está dividido em individual (única organização), multi-site (várias unidades, ou mesmo donos) e grupos (empresas de pequeno porte). Nos casos de multi-site e grupos, as auditorias são realizadas por amostragem e é preciso ter definido um escritório central, que irá se responsabilizar com os contatos com a certificadora e realizar um programa de auditoria interna (FSC-STD-40-003 -v-2.1).
Para a organização utilizar a Marca Registrada do FSC, será controlado o uso autorizado por meio de uma assinatura aprovada pela certificadora contratada, gerando um código de licença que acompanha o uso de qualquer uma das marcas registradas ao menos uma vez.
Para finalizar, pode ainda restar um questionamento: qual a vantagem de minha organização em certificar na norma FSC-STD-40-004 -v 3.0 – Certificação de Cadeia de Custódia ?
A resposta é simples. Ser reconhecido internacionalmente, por utilizar produtos de origem florestal (madeireiro, como toras ou pranchas; ou Não Madeireiro, como óleos, sementes e castanhas) de forma racional, contribuindo para a conservação das florestas.
Sua empresa trabalha com processos que envolvem materiais de base florestal? Já pensou em ter a certificação FSC? Se sua resposta for sim, nós, da equipe da Poletto, podemos te ajudar a conquistar esse importante diferencial, garantindo o respaldo que seu negócio merece.
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